Neste artigo, e aproveitando a paragem de seleções, analisamos a equipa onde atuam os portugueses Beto, Leonardo Buta e Vivaldo Semedo.
A Udinese está a fazer um arranque de campeonato bastante positivo, ocupando atualmente o terceiro lugar na classificação. Andrea Sottil, técnico de 48 anos, está pela primeira vez na Série A, depois de guiar o Ascoli aos playoffs de subida ao principal escalão do campeonato Italiano. Para a realização deste artigo foram analisados os jogos Milan-Udinese (13/08/2022), Udinese-Roma (04/09/2022) e Udinese-Inter (18/09/2022).
11 base de Sottil |
Nesta imagem consegue observar-se o "11 base" de Sottil que é um 1-3-1-4-2 com alguns comportamentos interessantes, quer sejam ofensivos ou defensivos.
Análise ao comportamento ofensivo
O primeiro pormenor que se nota na equipa de Sottil é a importância que o central do lado direito tem no processo ofensivo. Destaca-se, nessa posição, Rodrigo Becão (sendo que não é o único a atuar na mesma). Vejamos:
Outro dos pormenores notado foi a preponderância de Gerard Deulofeu no modelo de Sottil. A capacidade que tem de percepcionar o espaço livre, em especial nas costas dos médios, é o que faz a Udinese ser um perigo no último terço. Chega a ser delicioso apreciar o seu jogo. Tanto dá opções à equipa entre linhas, aliado a uma boa capacidade de decisão na maioria dos lances, como é sempre o elemento que os colegas procuram em transição. Vejamos:
Bola parada ofensiva
Nos jogos que foram analisados, destacam-se algumas rotinas, em especial os cantos. Tanto no lado direito como no lado esquerdo, a Udinese consegue tirar vantagem da bola parada optando por atacar a primeira zona. Rodrigo Becão e Bijol foram as referências aéreas.
Análise ao comportamento defensivo
Já em relação ao comportamento defensivo, a estrutura de Sottil tem umas nuances não muito comuns em situações semelhantes com outros treinadores.
As nuances defensivas variam conforme o raio de ação do médio do lado esquerdo. No primeiro vídeo, temos Arslan a titular e é Udogie que acaba por pressionar o ala da Roma. Já no segundo vídeo, com Makengo a titular, Udogie acaba por recuar no terreno. Estas são também adaptações consoante o adversário que enfrentam.
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Mais um exemplo da pressão feita pela equipa da Udinese com Makengo em campo |
Porém, nem tudo é perfeito, pois existem alguns erros de posicionamento em que o departamento de análise do adversário certamente terá reparado.
Acontece que o posicionamento dos três homens do meio campo, em determinadas situações, permite que exista algum espaço para que um dos avançados ou o "10" possa aproveitar as costas do médio mais recuado (que nos dois casos era Walace).
Espero que tenham gostado e que não percam o próximo artigo, porque nós também não!
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