Após anos e anos de domínio no campeonato italiano por parte da Juventus, eis que o paradigma mudou nos últimas épocas e temos tido o regresso de alguns ex-campeões como o Inter ou o Milan, bem como espaço para algumas surpresas (neste caso, cada vez mais uma certeza).
A Udinese tem encantado todos os adeptos de
futebol com o seu percurso na Série A esta época, encontrando-se atualmente no 5º lugar, com apenas 1 derrota. E que não se pense que é obra do acaso ou sorte,
mas pode-se dizer que é obra ou que muito se deve a um destino.
Iyenoma Destiny Udogie, de 19 anos e dupla
nacionalidade(italiana e nigeriana) está a encantar Itália desde a época
transata e por isso mesmo já tem o seu destino traçado para a próxima temporada:
foi adquirido por 18M por parte dos Spurs de António Conte (contrato válido até
2027) e irá jogar na Premier League. E não é difícil de perceber o porquê do
carismático técnico italiano ter tido vontade em adquirir o jogador.
Com 1,88m (altura bastante considerável para um
ala/lateral), o esquerdino é um jogador muito determinado e extremamente veloz
e muito forte (já ganha muitos duelos físicos e aguenta muitas cargas e
perspectiva-se que evolua mais nesse aspeto visto ainda ser bastante
novo). Em virtude de jogar com Sottil numa defesa a 3 (esquema preferido de
Conte), a sua disponibilidade física e resistência permitem-lhe fazer a ala esquerda da Udinese com bastante facilidade, sendo que em momento defensivo
usa muitas vezes a sua velocidade para recuperar facilmente a posição.
É um ala muito ofensivo (confiante
com bola, daí partir muitas vezes para a procura do 1x1, pois sabe que
ultrapassa facilmente os seus adversários fruto da sua velocidade e gosta de
explorar o corredor à sua frente, apesar de não descurar as tarefas ofensivas,
visto usar a sua capacidade física para o fazer), que joga muito aberto no
terreno, aparecendo muitas vezes em fase de organização ofensiva como um 3º
homem no ataque. Com essas subidas pelo corredor, não só alivia a equipa
defensivamente da pressão como também encoraja os colegas a subir no terreno. Por
jogar muito subido no campo devido à largura que dá, recebe muitas vezes a bola
perto da linha de fundo ou na lateral e trabalha muito para a equipa com e sem
bola. A velocidade dele ajuda a fazer as coberturas aos colegas, em caso de
lapso de concentração dos mesmos ou por terem sido ultrapassados.
O facto de jogar tão subido e ser agressivo
sem bola, também lhe permite recuperar muitas vezes o esférico em zonas
adiantas, pois sempre que o adversário recebe a bola, ele está lá para o
desarmar.
Apesar de dar muita largura junto à linha, é
também um jogador que gosta de vir para terrenos interiores e combinar com os
colegas.
É capaz de ler bem o jogo e conseguir
antecipar-se aos adversários.
Deve melhorar a sua agressividade(faz muitas faltas, devido a entrar “à queima” ), o seu jogo posicional/compreensão do jogo posicional bem como a sua leitura defensiva, principalmente quando está sozinho durante o 1x1 defensivo, pois dá muito espaço ao adversário, o que permite a este último que explore o espaço, devido a não estar corretamente posicionado e não encurtar o espaço. Sendo assim, deve ser mais assertivo no modo como aborda este tipo de lances, pois confia muito na sua velocidade para recuperar.
Também tem como pontos fracos o seu
cruzamento (apesar de criar muitas situações de perigo) e a sua concentração, já que em certos lances parece estar desligado do jogo.
Melhorando estes pontos, atingirá certamente,
patamares ainda mais altos (já esteve na shortlist deste ano do prémio Golden Boy),
como por exemplo a chamada à seleção principal italiana (conta com internacionalizações
já pelos sub-21 da Squadra Azzurra) bem como um papel de importância no 11 base
de António Conte.
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