Nacional - Sporting: Um campo tradicionalmente difícil mas em que o Leão soltou as garras na 2ª parte

1ª parte: as dificuldades do Leão e um golo sofrido que pode começar a criar alarmes

O Sporting não começou o jogo da melhor forma. A habituação a um campo com dimensões menores e uma relva menos bem tratada são elementos do jogo que podem fazer a diferença para as duas equipas. 

Tiago Margarido estudou bem o adversário e beneficiou também da ausência de Morten Hjulmand, que é um jogador importantíssimo no aspeto defensivo (e não só!). 

De facto, o destaque do lado do Nacional vai para 2 dos 3 elementos do meio campo: Bruno Costa e Luís Esteves. Esta dupla foi tendo alguma facilidade em fazer a ligação entre setores na equipa, até à correção de posicionamento de Morita-Bragança. Outro jogador importante foi Adrian Butzke que, na primeira parte, teve movimentações muito interessantes para dar o apoio frontal necessário para o Nacional ultrapassar a pressão feita pelos leões.

Pedrini Gonzalini, até quando ignorado por Roberto Martinez?

Pedro Gonçalves continua no seu registo impressionante neste início de época e, para além das suas contribuições diretas em golos, está bastante ativo em todos os momentos do jogo. Ao seu estilo próprio de finalizar, lá fez mais um golo. E, desta vez, já em desequilíbrio, conseguiu fazer mais um passe para a baliza, com os defesas do Nacional a parar para apreciar a magia do 8 do Sporting.

Performance de Pedro Gonçalves classificada pela Goalpoint

Situação de alerta: Um golo sofrido muito semelhante ao golo do Rio Ave em Alvalade

Se, por um lado, a defesa HxH a campo inteiro tem algumas virtudes, a verdade é que também tem os seus defeitos, especialmente na forma como o Sporting vai sofrendo alguns dos seus golos. Desta vez, foi Inácio que foi iludido por Luís Esteves e Geny que deixou fugir Thomas no espaço. Aqui, como sugestão, talvez o Inácio pudesse ficar mais atrás na linha dos centrais e fosse Geny a pressionar mais à frente, já que o lateral direito do Nacional raramente subiu no terreno.

2ª parte: Leão solta as garras e esfola o adversário

Embora o Nacional tenha entrado muito bem, à procura do 2-2, a verdade é que o Sporting mostrou a razão de ser campeão nacional.

Há que destacar o facto de o Sporting ser, neste momento, uma equipa muito madura e que adapta muito bem a sua construção conforme o posicionamento do adversário.

Embora seja na mesma jogada, podemos observar isto constantemente durante o jogo. O Sporting, para além de se sentir muito confortável a construir na estrutura 3+2, vai começando a ganhar conforto quando um dos médios baixa na linha dos centrais para que possa formar uma estrutura de 4+1.

Atrair baixo no terreno para Gyokeres receber com espaço para rodar e acelerar

Diria que este tipo de atração baixo no terreno já é a marca Amorim. Desta vez, possui um GR bastante capaz no jogo de pés, o que traz algum conforto nesta troca de bola. O objetivo é claramente atrair o adversário e rapidamente fazer com que a bola chegue à referência para acelerar jogo (neste caso o Gyokeres).

Os golos da tranquilidade, com um alerta de bomba

Por fim temos que destacar os golos que trouxeram a tranquilidade necessária para os leões e justificaram claramente os acontecimentos do jogo. Um resultado que não traz grandes dúvidas.

4º golo: Insistência de Geny

5º golo: Chocolate suíço trazido pelo capitão Bragança

6º golo: Debast descobre Gyokeres de uma forma sublime e o sueco fuzila a baliza adversária