Sporting-Porto: Há um samurai japonês a mandar no jogo, um panzer sueco a aterrorizar defesas e um Gen(y)o a sair novamente da lâmpada
19 jogos seguidos em Alvalade sem saber o sabor da derrota. Na estreia de uma nova iluminação, o Sporting manteve o registo deste início de época, numa partida de sentido único na maior parte do tempo.
1º ponto de análise: Entrada menos boa no jogo devido à boa pressão do Porto
À semelhança da Supertaça, o Porto entrou melhor no jogo, com uma pressão muito alta na procura de contrariar a circulação habitual dos leões através dos seus centrais.
Conforme identificado, o Porto pressionou com 2 linhas mais subidas no terreno (Namaso e Nico na 1ª linha; Ivan Jaime, Pepê e Vasco Sousa na 2ª linha), com Martim Fernandes a dividir a marcação entre Pote e Geny e Alan Varela nas coberturas à 2ª linha de pressão.
Já quando o Sporting conseguia circular a bola pacientemente pelos centrais, o Porto baixava assim as suas linhas, optando por defender com uma linha de 5, com um dos extremos (Ivan Jaime ou Pepê) a juntarem-se aos 4 defesas do Porto.
2º ponto de análise: As trocas Hjulmand - Diomande
Amorim estudou bem a lição, corrigindo alguns erros de jogo anteriores com o mesmo adversário e percebendo, conforme mencionado na Conferência de Imprensa, que Namaso iria baixar no terreno para Nico atacar o espaço. Posto isto, Diomande ficou encarregue de acompanhar o inglês e Hjulmand controlava os movimentos do espanhol.
3º ponto de análise: o Samurai pautou a reação leonina
Hidemasa Morita vai sendo um dos homens em grande forma neste início de época. Neste jogo, surgiu quando o leão não estava a conseguir ligar setores e tanto estava muito próximo da 1ª fase de construção, como também era capaz de fazer movimentos de rotura. Não é um jogador vistoso para as estatísticas, mas gosto de lhe chamar um "simplificador de processos". Joga sempre com muita calma e a bola certamente que não chora quando está na sua posse, sendo injusto não ser devidamente valorizado pelos Sportinguistas, por vezes.
4º ponto de análise: a subida do bloco leonino no segundo tempo
O Sporting, na segunda parte, subiu o seu bloco e tornou a usar a abordagem defensiva que tem sido hábito esta época, recorrendo bastante às referências individuais. Assim que o Sporting pressiona mais alto, opta por subir Hjulmand e deixar Morita para trás, dado que o Dinamarquês é um jogador muito mais capaz de ganhar duelos do que o japonês. Em baixo, a identificação do bloco mais subido por parte dos leões, sendo que no lance final tem-se a percepção total desta ideia.
5º ponto de análise: o crescimento do "panzer" sueco no segundo tempo
Começo por identificar um lance onde penso que o sueco conseguiria finalizar melhor, se tivesse utilizado o seu pé esquerdo. Mas tirando esse pequeno pormenor, Gyokeres é de facto um avançado impressionante e que eleva o nível de qualquer equipa. Ao contrário do que foi escrito na crítica ao Otávio, não é demérito do central mas sim muito mérito do sueco que tem muita facilidade em rodar sobre o adversário e progredir com bola nos pés.
6º ponto de análise: o génio decisivo em jogos grandes
Geny Catamo, já no corredor direito após a saída de Quenda, combinou com Gyokeres e Pote e demonstrou onde o jovem jogador ainda tem que crescer. Geny voltou a aparecer num jogo grande, resolvendo com um dos seus típicos movimentos. É ainda importante destacar o movimento de Pote, a forma como Gyokeres prende Eustáquio e também o movimento de Daniel Bragança que cria indecisão a Zé Pedro. O resto? O resto é um Génio da Lâmpada a resolver mais um jogo.
Para terminar e aproveitando a pausa de seleções, aconselhamos a visualização da live no canal Defender o Sporting na passada quinta feira, dia 03 de Setembro.
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